quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Incêndio da Boate Kiss - Santa Maria - RS
Mesmo da forma perigosa em que o mundo está, é muito lindo ver pessoas ajudando outras pessoas a sobreviverem de uma tragédia. Na hora do desespero e dor, muitos arriscaram suas vidas (e alguns até faleceram) para salvar a vida de um possível amigo, conhecido ou até mesmo desconhecido.
O que nos resta é compartilhamos palavras que ajudam e consolam os familiares das vítimas desta tragédia. Carinho e amor são essenciais, mão amiga e ombro amigo prontos a receberem as várias lágrimas derramadas da perca, da saudade, da lembrança da pessoa amada que se foi.
Quando eu li sobre a solidariedade dos amigos psicólogos que apoiaram às familias vítimas deste incêndio (até mesmo com abraços calorosos e consoladores) , fiquei com muito orgulho desta profissão que pode ser tão gratificante para nós, tão energizante. O lado bom da Psicologia é o ótimo resultado de um trabalho árduo e difícil para recuperar algum indivíduo. Vários profissionais de saúde, autoridades, empresas e voluntários se mobilizaram em um mutirão de ajuda às vítimas. Foi maravilhoso também a mobilização de vários outros setores que garantiram a transferência das vítimas em estado grave aos hospitais e também o envio de doações à cidade de Santa Maria, entre outros recursos primordiais.
O que dói o meu coração é a quantidade de jovens praticamente da minha idade, que tinham um futuro brilhante pela frente, uma carreira já pré-estabelecida para brilhar que foi cessada de uma maneira cruel. Dói meu coração algumas postagens que encontrei no facebook, no you tube e em alguns blogs nacionais e internacionais. Muitos curtindo falando que "viraram presunto" (igual eu vi num comentário de um vídeo). Uns julgando sendo que a Bíblia diz claramente "Não julgueis para não serem julgados". Vi um comentando, "aí, se tivesse na igreja", "vários jovens perdendo a salvação" como se numa igreja não pudesse acontecer isso também não, ainda mais com a aglomeração de gente que muitas igrejas possuem. O que eu vou dizer aqui pode até te desapontar e até fazer você se retirar do meu blog, mas vou dizer assim mesmo porque eu sou justo e gosto que a justiça seja feita a todos os seres humanos. Então o que vou escrever é apenas opinião minha. Cada um tem a sua e por favor, depois comentem a sua aí em baixo.
Gente, sem comentários tá, essas situações são ridículas. Eu vou muito em balada poderia ter acontecido comigo ou com você em qualquer lugar. Depois desse incêndio, várias boates de Goiânia foram fiscalizadas e foram encontradas irregularidades em algumas delas que poderia também causar uma tragédia (tanto que correm o risco de fechar), leia o portal O Hoje para vocês verem. Deus sabe o que faz, a gente é que não sabe o que fala. Esses jovens estão no Descanso do Senhor Jesus. Brilham no céu como estrelas neste momento. Quem julga e não se arrepende é que perde a salvação. E quando é que a gente se arrepende de verdade verdadeira mesmo? Na hora da morte. E o que as vítimas do incêndio desta boate tiveram antes de morrer. A hora da morte (hora essa que (EU CREIO) que muitos deles pediram perdão). Então, se você não sabe o que aconteceu. É melhor não dizer nada.
Enquanto Ela Está Fora - Filme
Direção: Susan Montford
Roteiro: Edward Bryant (conto), Susan Montford (roteiro)
Gênero: Suspense
Origem: Alemanha/Canadá/Estados Unidos
Duração: 88 minutos
Tipo: Longa-metragem
Sinopse: É Natal e uma dona de casa decide ir até o shopping. Ao chegar lá, ela se irrita quando precisa deixar o carro afastado e deixa um bilhete para um carro que ocupa 2 vagas. Dentro do prédio, a mulher fica ainda mais nervosa com a multidão e o barulho das compras de final de ano. Quando ela volta para pegar o carro, nota que ele está bloqueado. Ela vai ao encontro do motorista cujo carro que está bloqueando a sua saída e dá de cara com quatro arruaceiros. Passa então a ser caçada, adentrando em uma floresta. Lá, a caça vira caçadora.
Minhas Indagações:
Confesso, comprei este filme porque achei a capa interessante, diferente e bonita. Jamais imaginava que ele seria um filme da qual eu iria me supreender. E foi.
Gostei tanto que chamei minha turma de amigos para assistir comigo (eu assistindo pela segunda vez), para ver os rostos deles a cada cena que se passava, me perguntando toda hora o que virá? O que acontecerá, e eu só os deixava na expectativa.
Início do filme, clima natalino e urbano. Uma mulher (Della) muito desorganizada, submissa e sofrida. Com uma vida construída de uma forma diferente do que ela imaginava que seria um dia. Vem um draminha com o marido dando um murro na parede, quase a agredindo. Ela foi mostrada como uma mulher frágil, sensível e sem atitude.
O que nos surpreende é o que acontece enquanto ela está fora de casa. Com raiva por não conseguir vaga no estacionamento e ofendida por ver um carro estacionado em duas vagas, ela anota em um papel: "- Duas vagas, idiota. Não poderia ser mais egoísta?" E coloca tal bilhete neste carro.
Dentro da Psicologia esta parte do assunto é muito interessante e várias perguntas surgem sobre o comportamento desta mulher. O que leva uma pessoa a escrever ofensas em um papel e por em um carro de um desconhecido. E se ela fosse observada, o que aconteceria? Muito estranho mas, até mesmo na vida real, muitas pessoas que se acham injustiçadas e talvez até são, fazem estas atitudes auto-destrutivas. Ela deveria simplesmente ignorar e deixar para lá. Mas não, tinha que se manifestar para conscientizar os donos do carro que o que ele fez foi errado.
"Como as pessoas se sentem é, geralmente, tão importante quanto o que elas fazem." (Skinner, 1989)
Na hora de ir embora ela foi surpreendida com uma gang que queria (talvez) estuprá-la e vingar o bilhete deixado por ela no carro deles. Mas com o assassinato de um dos guardas, ela passou a ser testemunha, e uma fuga começa aí trazendo adrenalina ao filme.
Ela é perseguida, e tememos de ela ser estuprada e morta. Mas a situação se reverte, e quem era caçada passa a ser caçadora, e suas ferramentas a ajudam a exterminar cada um. Aqui em casa com os meus amigos, não parecia que estávamos assistindo um filme, mas sim uma partida de futebol. Todos gritavam: "Vai, vai, acerta, mata esse cara, isso". Parecia que era um GOL, todos vibravam a cada justiça feita com as próprias mãos. Naquele dia eu vibrei junto até porque já sabia o desfeixo daquela história. Mas hoje me pergunto, somos tão contra a violência mas a incentivamos para que ela seja feita no caso de justiça. Pode-se perceber que onde há justiça, até mesmo com violência, há popularidade. Olha só o sucesso da novela Avenida Brasil. A cada ato (violento ou não) de justiça de Nina contra Carminha era uma vibração, uma comemoração, em que a audiência desta novela foi uma das maiores de todos os tempos. Eu acredito que isto acontece por causa da nossa sociedade, da forma do que vemos pela nossa Justiça. Porque é raro a justiça acontecer com os crimes que ocorrem neste país cada vez mais corrupto e com mais regalias para os marginais. Quantos jovens tiveram suas vidas ceifadas e nada aconteceu? Pessoas que cometeram crimes e respondem seus processos em liberdade. Bandidos políticos que ficaram presos em cadeias mais luxuosas do que a casa da gente. A desigualdade social enorme que há e que isto também é uma forma de injustiça. A diferença que é tratada o rico do pobre, o branco do negro, o preconceito que acontece com as diversidades sociais. E o povo sente isto na pele e quer justiça. Creio que é por isso que o povo gosta tanto de ver a justiça acontecer até mesmo na ficção porque na realidade ela quase não acontece. E assim a sociedade se agrada até mesmo da justiça feita pelas próprias mãos, porque ela não consegue enxergar solução nos nossos órgãos públicos.
A mulher frágil se fortaleceu, acordou e percebeu que a vida que tinha não era aquela que ela realmente queria. Então deu um basta nisso, depois de exterminar seus inimigos desconhecidos, exterminou seu inimigo que morava dentro de casa.
SUGESTÕES DE FILMES:
1. O Retrato de Dorian Gray
2. A Partida
3. Bebê de Outubro
4. Melancolia
5. Marley e Eu
6. Na Natureza Selvagem
7. Cisne Negro
8. A Pele Que Habito
9. Os Agentes do Destino
10. Os Intocáveis.
Roteiro: Edward Bryant (conto), Susan Montford (roteiro)
Gênero: Suspense
Origem: Alemanha/Canadá/Estados Unidos
Duração: 88 minutos
Tipo: Longa-metragem
Sinopse: É Natal e uma dona de casa decide ir até o shopping. Ao chegar lá, ela se irrita quando precisa deixar o carro afastado e deixa um bilhete para um carro que ocupa 2 vagas. Dentro do prédio, a mulher fica ainda mais nervosa com a multidão e o barulho das compras de final de ano. Quando ela volta para pegar o carro, nota que ele está bloqueado. Ela vai ao encontro do motorista cujo carro que está bloqueando a sua saída e dá de cara com quatro arruaceiros. Passa então a ser caçada, adentrando em uma floresta. Lá, a caça vira caçadora.
Minhas Indagações:
Confesso, comprei este filme porque achei a capa interessante, diferente e bonita. Jamais imaginava que ele seria um filme da qual eu iria me supreender. E foi.
Gostei tanto que chamei minha turma de amigos para assistir comigo (eu assistindo pela segunda vez), para ver os rostos deles a cada cena que se passava, me perguntando toda hora o que virá? O que acontecerá, e eu só os deixava na expectativa.
Início do filme, clima natalino e urbano. Uma mulher (Della) muito desorganizada, submissa e sofrida. Com uma vida construída de uma forma diferente do que ela imaginava que seria um dia. Vem um draminha com o marido dando um murro na parede, quase a agredindo. Ela foi mostrada como uma mulher frágil, sensível e sem atitude.
O que nos surpreende é o que acontece enquanto ela está fora de casa. Com raiva por não conseguir vaga no estacionamento e ofendida por ver um carro estacionado em duas vagas, ela anota em um papel: "- Duas vagas, idiota. Não poderia ser mais egoísta?" E coloca tal bilhete neste carro.
Dentro da Psicologia esta parte do assunto é muito interessante e várias perguntas surgem sobre o comportamento desta mulher. O que leva uma pessoa a escrever ofensas em um papel e por em um carro de um desconhecido. E se ela fosse observada, o que aconteceria? Muito estranho mas, até mesmo na vida real, muitas pessoas que se acham injustiçadas e talvez até são, fazem estas atitudes auto-destrutivas. Ela deveria simplesmente ignorar e deixar para lá. Mas não, tinha que se manifestar para conscientizar os donos do carro que o que ele fez foi errado.
"Como as pessoas se sentem é, geralmente, tão importante quanto o que elas fazem." (Skinner, 1989)
Na hora de ir embora ela foi surpreendida com uma gang que queria (talvez) estuprá-la e vingar o bilhete deixado por ela no carro deles. Mas com o assassinato de um dos guardas, ela passou a ser testemunha, e uma fuga começa aí trazendo adrenalina ao filme.
Ela é perseguida, e tememos de ela ser estuprada e morta. Mas a situação se reverte, e quem era caçada passa a ser caçadora, e suas ferramentas a ajudam a exterminar cada um. Aqui em casa com os meus amigos, não parecia que estávamos assistindo um filme, mas sim uma partida de futebol. Todos gritavam: "Vai, vai, acerta, mata esse cara, isso". Parecia que era um GOL, todos vibravam a cada justiça feita com as próprias mãos. Naquele dia eu vibrei junto até porque já sabia o desfeixo daquela história. Mas hoje me pergunto, somos tão contra a violência mas a incentivamos para que ela seja feita no caso de justiça. Pode-se perceber que onde há justiça, até mesmo com violência, há popularidade. Olha só o sucesso da novela Avenida Brasil. A cada ato (violento ou não) de justiça de Nina contra Carminha era uma vibração, uma comemoração, em que a audiência desta novela foi uma das maiores de todos os tempos. Eu acredito que isto acontece por causa da nossa sociedade, da forma do que vemos pela nossa Justiça. Porque é raro a justiça acontecer com os crimes que ocorrem neste país cada vez mais corrupto e com mais regalias para os marginais. Quantos jovens tiveram suas vidas ceifadas e nada aconteceu? Pessoas que cometeram crimes e respondem seus processos em liberdade. Bandidos políticos que ficaram presos em cadeias mais luxuosas do que a casa da gente. A desigualdade social enorme que há e que isto também é uma forma de injustiça. A diferença que é tratada o rico do pobre, o branco do negro, o preconceito que acontece com as diversidades sociais. E o povo sente isto na pele e quer justiça. Creio que é por isso que o povo gosta tanto de ver a justiça acontecer até mesmo na ficção porque na realidade ela quase não acontece. E assim a sociedade se agrada até mesmo da justiça feita pelas próprias mãos, porque ela não consegue enxergar solução nos nossos órgãos públicos.
A mulher frágil se fortaleceu, acordou e percebeu que a vida que tinha não era aquela que ela realmente queria. Então deu um basta nisso, depois de exterminar seus inimigos desconhecidos, exterminou seu inimigo que morava dentro de casa.
SUGESTÕES DE FILMES:
1. O Retrato de Dorian Gray
2. A Partida
3. Bebê de Outubro
4. Melancolia
5. Marley e Eu
6. Na Natureza Selvagem
7. Cisne Negro
8. A Pele Que Habito
9. Os Agentes do Destino
10. Os Intocáveis.
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