Transferência e Contratransferência são uma forma de projeção que há na relação entre paciente e no profissional que aplica o processo psicodiagnóstico. Esta forma de projeção ocorre nas relações interpessoais.
Esta transferência pode ser POSITIVA OU NEGATIVA. Sendo positiva, ocorre na relação o afeto e a admiração. E sendo negativa, ocorre muita resistência e agressividade.
A transferência é as reações emocionais do paciente dirigidas ao aplicador.
A contratransferência consiste nos sentimentos, sensações e percepções que o profissional tem de seu paciente durante o processo psicodiagnóstico. E isto é o que orienta o psicólogo, pois o que ele sente, pensa e percebe no paciente, será colhidos como dados dele para o formular o laudo final.
Segundo a autora Maria Esther Garcia Arzeno, no seu texto "O primeiro contato na consulta" do livro
"Psicodiagnóstico Clínico: Novas Contribuições" , indícios de Transferência e Contratransferência já ocorrem antes mesmo da avaliação psicodiagnóstica. Quando o psicólogo entra em contato por telefone com o paciente, o seu tom de voz e a seu modo de falar faz com que tal paciente possa ou não fazer uma transferência em sua direção (Será que este profissional é bom. Parece ser pelo tom seguro em sua voz. Será que vou mesmo fazer esta avaliação, este profissional não parece ser muito bom). E há ou não, uma contratransferência por parte do profissional com o paciente (Será que este será o tom de voz deste paciente, quando ele estiver aqui comigo. No telefone não parece ser resistente, aqui pessolmente será assim também?
Ainda segundo a autora, não ocorre a transferência, mas sim, as transferências. Ela dá exemplo de transferência negativa e positiva. O exemplo relata sobre uma menina que ficou entusiasmada com o tratamento indicado pelo laudo psicodiagnóstico. Esse entusiasmo foi uma transferênciada positiva dela com a profissional que a submeteu às sessões da avaliação psicodiagnóstica. Só que os pais da menina entrou em contato com a profissional, não permitindo o tratamento, e isto foi uma transferência negativa dos pais em relação à profissional.
BIBLIOGRAFIA:
ARZENO, Maria Esther Garcia. (1995). Psicodiagnóstico clínico: Novas contribuições. Porto Alegre: Artes Médicas.