“A Hora de Jogo
Diagnóstica constitui um recurso ou instrumento técnico que o psicólogo utiliza
dentro do processo psicodiagnóstico com a finalidade de conhecer a realidade da
criança que foi trazida à consulta. Trata-se, então, de instrumentalizar suas
possibilidades comunicacionais para depois conceituar a realidade que nos
apresenta.”
OCAMPO, Maria Luísa Siquier. O Processo
Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. São Paulo: Martins Fontes, 2009. P.
169.
Numa avaliação psicodiagnóstica
com uma criança, a hora de jogo diagnóstica vai orientá-la a expressar as vivências
de sua vida diária. E isto ajudará o psicólogo a levantar informações relevantes
a respeito da queixa inicial e a respeito de qual teste apropriado para
confirmar tais informações.
Antes de a criança
entrar no consultório para realizar a hora de jogo diagnóstica, há algumas instruções
a fazer. É preciso separar os brinquedos necessários à queixa encaminhada e às informações
recebidas pela anamnese dos pais e do paciente. Por exemplo, se a queixa for
uma dificuldade de raciocínio, escolha um brinquedo que irá trazer a informação
de confirmar se a queixa é verdadeira ou não. Prepara-se a sala com tais
brinquedos, tira-os da caixa e deixe-os sob a mesa com fácil acesso para a criança
pegar. A sala tem de ser ampla sem impedir o brincar eficaz da criança. Quando
ela chegar, é preciso explicar as atividades que ela fará com os brinquedos e
que tem um tempo determinado para executar tais brincadeiras. Os principais materiais
utilizados podem ser: fantoches, fazendinha, o quadro negro, lápis de cor, giz
de cera, papel, tesoura sem ponta, bonequinhos, massa de modelar, entre outros.
Durante a sessão, é dada a orientação e é feita a observação de todo o
comportamento da criança. Posteriormente, tudo é anotado para fins de hipóteses
para o laudo final.
Terminando a sessão,
leva-se a criança até a recepção ou até os seus pais.
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