No CID-10 (1993) está escrito que os transtornos de humor são transtornos que causam uma alteração do humor ou do afeto, causando uma depressão ou elevação anormal e persistente do humor. Pode afetar várias áreas da vida de quem tem tal transtorno, seja na sociedade, na família, no trabalho, entre outras áreas.
Um desses transtornos, é o Transtorno Bipolar do Humor, a pessoa encontra-se em constante oscilação entre estas duas posições - depressão e elação. As crises ocorridas podem estar relacionadas com situações ou fatos estressantes e/ou ansiosos.
O indivíduo fica muito decepcionado ao decorrer da vida, e tais decepções faz ele perder a capacidade de se encontrar de forma genuína com o outro.
Para Jorge Ponciano Ribeiro (2007), encontrar-se, estar em relação, é estar vivo em movimento, é possibilidade de crescimento e transformação. Contrariamente, a ausência de relação ou sua interrupção, pode significar estagnação, rigidez e perda do sentido da vida.
Com a perda da capacidade de encontra-se genuinamente com o outro, o indivíduo com o Transtorno Bipolar, fica estagnado, rígido e acaba perdendo a razão de viver.
Nesse caso, a Gestalt-terapia propõe recuperar as possibilidade de ser e existir do sujeito, e aos poucos ele vai podendo experimentar outras formas de agir, tendo novas estratégias para lidar com as situações estressantes e/ou ansiosos.
O terapeuta tem a missão de fazer o cliente:
- Parar e analisar suas atitudes.
- Olhar mais profundamente para si.
- Ter consciência do que pensa, do que sente e de como se comporta.
Hycner (1995) diz que:
A cura dentro de uma psicoterapia baseada na Relação Dialógica, não pode ser considerada como uma cura técnica, pronta e acabada. Segundo ele, neste contexto, a cura só pode ser entendida como um processo de integração da pessoa como um TODO, ou seja, o ser vai se reconstituindo, recuperando e reintegrando, passando assim a agir com mais confiança e assertividade, cada vez mais consciente de si mesmo.
"Onde há amor e fé, uma solução sempre pode ser encontrada"
Buber, 1948.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HYCNER, R. (1995). De pessoa a pessoa: uma psicoterapia dialógica. São Paulo. Summus.
Organização Mundial de Saúde (1993). Classificação de Transtornos Mentais e de comportamento da CID 10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas.
RIBEIRO, J.P. (2007). O ciclo do contato: temas básicos a abordagem gestáltica. São Paulo: Summus.
Fonte: http://itgt.com.br/wp-content/uploads/2013/06/TCC_Viviane-Guimarães-da-Silva-Ferreira.pdf
Esse texto também está no meu grupo do Face: Interessados em Gestalt-terapia. Se alguém quiser participar do grupo, este é o link https://www.facebook.com/groups/interessadosemgestaltterapia/
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