Boa tarde Galera da Psicologia
Então, quando eu fazia o 3º Período de Psicologia, eu estudei uma matéria cujo o nome era "Psicologia Organizacional e do Trabalho". Em uma das atividades, estudamos sobre o trabalho produtivo e improdutivo. O trabalho é considerado produtivo quando o trabalhador produz dentro ou além da meta estabelecida valorizando e gerando Capital.
Muito do que escreverei, também colocarei um paralelo com o séc. XXI, para que este post não seja apenas um reprodução, e sim uma visão crítica minha em conjunto.
Carl Marx escreveu um conjunto de obras da qual criticara o capitalismo. E nesse período que estudei sobre esse tema, estudamos sobre a visão desse autor a respeito do trabalho.
Para Marx, o trabalho em vez de ser humanizador, ele é:
Alienante: Pois o funcionário fica alienado, não se percebendo e nem se identificando com o seu trabalho. Ainda mais depois do Fordismo. O trabalhador não vê mais a sua produção desde o início ao fim, ele ocorre por partes.
Por exemplo: Para cada carro que é fabricado, há vários funcionários para montar aquela respectiva peça nesse determinado carro. Quem viu o início da produção do carro, não o vê depois de terminado, e quem faz a parte do acabamento, nem viu o início da fabricação. Então, para quê a pessoa vai se identificar com aquele produto que, na maioria da vezes nem vai ser seu?
Por exemplo: Para cada carro que é fabricado, há vários funcionários para montar aquela respectiva peça nesse determinado carro. Quem viu o início da produção do carro, não o vê depois de terminado, e quem faz a parte do acabamento, nem viu o início da fabricação. Então, para quê a pessoa vai se identificar com aquele produto que, na maioria da vezes nem vai ser seu?
Pensa então nos trabalhadores de obras que constroem prédios. Como se identificará com o seu trabalho, se nem condições financeiras ele não tem para ter um apartamento ali? Esse exemplo mesmo aprendi também no período passado, no curso de Pedagogia.
A crítica de Carl Marx é muito interessante, mas recebeu e recebe ainda muitas críticas. Mas olha só, a conclusão em relação à alienação do trabalho é que o funcionário não conhece o processo de trabalho e nem o seu valor em relação ao produto.
O trabalho para Marx é explorador: Pois a missão do trabalho para o capitalismo é o LUCRO.
Agora eu pergunto: - Vocês discordam desse autor referente à essa exploração?
O desejo da maioria é se livrar dos patrões por achar que eles nos exploram. Ainda mais no séc. XXI. Se o funcionário não der conta de produzir é demitido. O pensamento da maioria dos que contratam é que, se esse não serve, tem muitos desempregados para colocar no lugar. Fora que há também a precarização, onde um determinado trabalhador que ganha um "salário alto" é demitido, e contrata-se no lugar outro para fazer a mesma função, com as mesmas atividades e com a mesma carga horária, mas com um salário bem inferior.
Não conheço a história completa de Karl Marx e não sei dizer se ele foi um bom sujeito. Mas que nesse contexto ele teve razão, acho que teve. Ainda mais se trazer tais conceitos para a atualidade.
Carl Marx disse que o trabalho no capitalismo é humilhante, pois afeta a auto-estima. É muita pressão que se lança contra o empregado. O mercado de trabalho é muito competitivo e há muitos funcionários que estão desmotivados e loucos para saírem da empresa. Mas não saem, porque vão trabalhar aonde? Sendo que a busca de um novo emprego é feroz e na maioria das vezes, tal funcionário não continua a se qualificar para se dedicar àquela empresa que não o valoriza como devia.
O trabalho é humilhante porque é monótono e submisso. Contrariar as ordens de quem está acima de você, pode ser um passo a mais para a sua demissão. E Carl Marx escreveu que o trabalho é monótono porque o indivíduo faz sempre a mesma tarefa. E nós que vivemos no séc. XXI, vê isso muito evidente nas empresas de produção.
Outra característica do trabalho, é que ele é discriminante, ou seja, classifica o homem à medida que classifica também os trabalhos a serem executados. Marx pode até ter razão nesse ponto. Mas sabemos que atualmente, não generalizando, se você terminar a sua função e não ajudar outro em outra função nada haver da sua, você está ferrado. Hoje a dinamicidade é essencial, e não apenas fundamental.
É bruto o trabalho realizado nas empresas capitalistas e esse é um conceito de Marx que está mais relacionado com as empresas de produção. Ele foca muito nisso, mas as outras áreas são regidas também pelo capital. O trabalho bruto nega a sua existência por meio de conteúdo pobre e repetitivo.
E é submisso, por causa da aceitação passiva dos trabalhadores em relação ao trabalho e suas condições. O que prevalece é a opinião dos empregadores, mesmo que não haja condições para executar as tarefas necessárias. Vejo este conceito muito claro nos hospitais (principalmente no SUS). O salário dos médicos e funcionários são miseráveis, não há ferramentas nenhuma para serem usadas nos pacientes, olham a garganta dos mesmos, que possivelmente possa estar infeccionada, com a luz da lanterna do próprio celular. Além da falta dos aparelhos de exames e outros recursos. E quando tudo isso chega ao conhecimento do Ministério da Saúde, dos políticos e dos órgãos públicos, eles dizem: - Mesmo com todos os problemas, a saúde está crescendo satisfatoriamente, o SUS é o melhor sistema que há, que fornece toda a assistência básica, que trabalha com a prevenção sendo que tudo isso é só para cobrir os problemas que deveriam ser resolvidos e não são.
Espero que gostem do post, comentem e compartilhem. Abraços.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARX, Karl. O Capital. Vol. 2. 3ª edição, Nova Cultural, SP, 1988.
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